quando o real se torna
virtual
e o virtual se torna real
a memória reside algures
já não onde
sequer como
era
apetece-me refazer tudo
e a mim também
para que o ter sido ganhe
em beleza o que perdeu
por já não ser
sou o criador
que abre as mãos
do que não pode guardar
e te encontro algures à minha espera
onde habita o olhar
(regata de moliceiros; bico; 2007)