
“No fio da raridade” (prefácio), é o o poema de abertura do livro “Sob a forma de silêncio”, o primeiro do autor
eu

para os fotógrafos sou poeta para os poetas sou fotógrafo para o espelho sou eu

“Quando começa o Inverno na ilha ….” é a introdução ao capítulo 8 do livro “o refúgio das mulheres tristes” de marcela serrano
raízes

apertam-se as mãos e são letras de palavra dita palavra honrada homens grandes frontais de olhar límpido mãos enormes corações foram eles o vento que enfunou as velas do meu estar com eles naveguei por outras terras e regressei sempre às raízes
(a história dos moliceiros, homens e barcos, pode escrever-se com esta imagem:
a palavra dada era palavra honrada, selada no aperto de mãos.
isso aprendi quando me fui fazendo por estas bandas, onde homens de palavra apertavam as mãos.
conheço estas duas mãos, são de dois grandes amigos moliceiros: ti abílio e ti zé rebeço, os dois moliceiros mais antigos da ria.
o ti abílio já vendeu o moliceiro e o ti zé não sabe quanto mais tempo terá forças para o seu.
saber sair é um acto de sabedoria e eles sabem-no.)

“GRAFITO” é uma plaquete da autoria de carlos nogueira e inês dias
dez anos

dez anos é muito tempo ou foi ontem

o poema “Contrato Social”, está publicado no livro “La mariée mise à nu”
enredado

encontrar a primeira malha seguir o rasto ao fio caminho inverso ao da agulha depois da primeira muitas mais fizeram a rede mas essas vieram depois encontrar a primeira malha é contar a história da rede da rede toda a começar pelo fim minuciosos os dedos são a ferramenta primeira na escolha cuida deles como da verdade encontra a primeira malha ou em vez de redeiro serás enredado

o poema consta do livro “Já não me deito em pose de morrer”, [poemas escolhidos]