pesadas passadas
enterram na areia
mais que os pés
enterram-me aqui
que este é o caminho
o meu caminho
o bordão
a que tantos se agarram
para andar
prende-me os passos
amarra-me ao chão
arranca-me os braços
sou
esta força escondida
no mais dentro de mim
este destino de ter aqui
um caminho
peso-me de mar
(torreira, 2007)
Ti António, parabéns mais uma vez, és o maior poeta cantador da vida de quem vive do mar. Cheguei por aqui para dar-te mais um trecho das obras de Ariano.
http://litteraturamundi.blogspot.com.br/2012/05/filosofia-do-penetral.html
Beijo!