12 de agosto (conclusão)
serve este registo para mostrar outro acessório necessário à colocação das dragas e dos bordos: a gata.
à esquerda vê-se um grampo a prender a draga ao bordo exterior, à direita “a gata” engata por debaixo da draga que, alavancada por uma vara de madeira pressionada por 3 homens, é elevada à altura pretendida.
depois é apertada pelo grampo e finalmente fixada ao bordo por meio de ferragem adequada.

12 de agosto (cont)
colocada a draga dentro do casco, começou por ser fixada à ré, com o grampo que se vê em primeiro plano.
depois é ajustada à proa e elevada com a ajuda de uma alavanca improvisada.
por ser uma tarefa de alguma complexidade e interesse, irei documentá-la um pouco melhor.

12 de agosto
a draga de bombordo está pronta a ser colocada no interior do casco.
embora o trabalho do dia se tenha concluído com a fixação da draga, pretendo com este registo mostrar o espírito que habita as gentes da beira ria quando se constrói um moliceiro: solidariedade e companheirismo.
assim fosse sempre e em tudo

a união faz a força
11 de agosto
a draga é “afeiçoada” à curvatura do bordo, com a ajuda de grampos que fazem fixe entre o exterior do bordo e o exterior da draga. assim ficam os dois perfeitamente paralelos.
neste registo vêem-se vários grampos já fixados e o setenove a preparar mais um que colocará com a ajuda do mestre zé rito ou, ao contrário, que o mestre zé rito colocará com a ajuda dele.

10 de agosto
as dragas são peças análogas aos bordos, sujeitas ao mesmo tratamento, e que correm por dentro das cavernas e braços, paralelas aos bordos.
hoje o mestre zé rito, sempre com a ajuda e a presença do avelino, afeiçoou uma draga, que tal como os bordos esteve mais de 3 meses mergulhada na ria.
sente-se no ar o cheiro a lodo e o aroma da madeira é diverso.

o mestre zé rito serra a madeira, enquanto o avelino vai varrendo a draga para manter visível a linha de corte