falo das coisas mais
elementares
o sino da igreja
onde um galo não canta
um seixo rolado
guardando o tempo
dentro de si
um torrão de terra
grávido de uma semente
mais elementares ainda
os sorrisos presos nos lábios
das crianças tristes
as lágrimas
rios de salgados
nos leitos dos rostos abandonados
nos lares/depósitos
falo porque
estou cansado de comer silêncio
e ler poemas de amor
com tanto desamor
a caminhar por aí
as coisas mais elementares
são as que deviam ocupar
o ventre das palavras por parir

Belíssimo poema! Gostaria de postá-lo no meu blog http://poesiaselecionada.blogspot.com/. Solicito, pois, a autorização do autor. Grato pela atenção. Bernardo
bernardo as coisas elementares devem ser do conhecimento de todos, também estas palavras o são.
bom você gostar, melhor se mais gostarem porque você gostou. eu fui somente o pai da criança, agora ela anda sozinha e caminha pelos olhos e sentires de quem delas gostar.
não, eu não o o autorizo. se você gostou e quer postar, então eu obrigo-o a.
dê-me só nota da publlicação para conhecer.
abraço
cravo
Agradeço a gentileza de “me obrigar” a postar o poema. Não foi desprazer nenhum, garanto. A postagem já foi realizada, com um breve comentário. O link direto é http://poesiaselecionada.blogspot.com/2012/01/as-coisas-elementares-de-antonio-jose.html . Parabéns! Belo poema! Abraços. Bernardo
obrigado bernardo.
só uma nota, o link via para o blog que seleccionou o meu poema, tal como você o fez. tudo bem. porém não há qualquer referência ao link para o blog mãe, o meu, este onde você está a comentar. será possível inserir? se não, tudo bem, o poema é que conta
abraço