o tejo e a poesia_pedra sobre pedra


PEDRA SOBRE PEDRA

(transcrição da newsletter)

Na continuação dos relatos resultantes das experiências que os nossos colaboradores viveram em Constância, a Vila Poema, publicamos hoje uma Folha dedicada a um percurso pedestre pelas ruas e pontos históricos de Constância, realizado no dia 25 de Setembro e integrado nas comemorações do Dia Mundial do Turismo e II Jornadas Europeias do Património, promovidas pela Câmara Municipal, percorrendo as páginas da sua história escrita em “pedra”, neste extraordinário sítio sobranceiro ao Tejo.

Este é um dos locais que integram a Rota da Cultura Avieira.

 O gabinete de coordenação

(Projecto de candidatura da cultura Avieira a património imaterial nacional e da UNESCO)

 
Cultura Avieira – Um património, uma identidade

FOLHA Nº35_O Tejo e a Poesia – PEDRA SOBRE PEDRA[1]

ainda


o meu povo
 
as palavras
saem-me amargas
como amargos são estes dias
que me emprestaram

como cantar o amor
a beleza as árvores os rios
e as flores
num tempo avinagrado áspero
de desilusões

não sei ser só
nunca soube

estendo os braços
num abraço de palavras
sinto nos ossos que
este é o meu povo
mas não é um povo que seja seu
ainda

xávega_do arribar (4)


olá sam paio_arribar

 
neste registo vê-se bem o falecido arrais zé murta, na bica da ré a segurar a cala “mão de barca” – corda que fecha o cerco e vem com o barco – laçada na bica da ré.
 
é ela que faz o fixe do barco e é através do deixar correr, ou prender, que o arrais vai deixando o barco aproximar-se de terra ou, como dizem os surfistas, “apanhar a onda” que o trará em segurança até terra.
 
por vezes, muitas vezes, são necessárias várias ondas para o conseguir. o arrais é então o verdadeiro mestre da “arte de bem arribar com qualquer mar”
 
(torreira; companha do murta; 2007)