de bolor
estes dias anoitecidos
bafientos
e
no entanto
há ainda o voo
não do moscardo
mas do homem
no
exacto instante
em que
poisado
em tábua frágil
se ergue sobre
o mar
nada existe
então
senão
o instante
o breve instante
suspenso do tempo
sem chão
aparente
em que tudo é
sem nada ser
o vento corre sobre as ondas
e os homens