em 2018, o murtoseiro diamantino moreira de matos promoveu e organizou três sessões subordinadas ao tema “varinas”.
deu-lhes a designação genérica de “varinas dos pregões” sendo que cada sessão teve desenvolvimentos subordinados a temas diferentes, caracterizados no subtítulo da sessão.
assim, no dia 1 de agosto, a sessão designou-se “vivinha a saltar”, no dia 29 de agosto “a canastra dos artistas” – 1º lanço e, a terminar, no dia 26 de outubro “a canastra dos artistas” – 2º lanço.
foi neste 3º momento que fui convidado pelo promotor, organizador e autor do evento, diamantino moreira de matos, para participar dizendo poesia do meu livro “quando o mar trabalha” e fazê-lo com a companhia de outros amigos que diriam poemas do livro.
do momento poético deste evento, realizado no auditório municipal da murtosa e o primeiro das comemorações dos 92 anos do município da murtosa, fica o registo possível.
obrigado diamantino pelo saber, a arte e a amizade. como diziam os antigos: bem hajas
(nota: a foto de abertura do vídeo é da autoria de outro grande amigo, camilo rego. um muito obrigado e um grande abraço, amigo)
nesta sessão foi também visionado o registo por mim feito em 2016 com a emília russa e olívia borras, que de novo publico
Não, não é o título de um filme, sequer de um romance. É um drama que está em cena nos palcos de muitos países, de que se conhecem os nomes de alguns actores, mas cujo realizador prefere não constar do cartaz – chama-se dinheiro e foi ele que concebeu toda o enredo deste drama.
Os tempos mudaram, os países são outros, as utopias desvaneceram-se, o consumo e a ostentação deslumbram, o eu é cada vez maior que o nós.
Vivemos um tempo em que tudo se compra e muitos se vendem, para depois serem insultados por quem os comprou.
É este o modo de actuação do dinheiro: primeiro compra (nem sempre o consegue) os que se lhe opõem, depois denuncia os que se venderam, para os derrubar, escolhendo de seguida o que já é seu. Entretanto fica na sombra, bem instalado, assistindo ao espectáculo por si arquitectado.
Poderia ser este o drama do Brasil, poderia não, é mesmo.
O deslumbramento de alguns dirigentes e eleitos do PT perante o mundo que o dinheiro proporciona, eventualmente ligado a impreparação ideológica, tornou-os presa fácil. Depois foi só começar a lenta destruição dos deslumbrados.
Consultores pagos com bom dinheiro, foram tecendo a trama que levaria ao que estamos a assistir.
Durante a campanha eleitoral estalou uma guerra entre apoiantes dos dois candidatos à segunda volta – porque o ambiente é de guerra e, quem sabe, não vai ficar só pelo ambiente.
Calado, depois de dizer as maiores barbaridades – versão sul americana do vídeo “Trump in America” -, Bolsonaro espera. O dinheiro sorri.
Interessante notar a semelhança entre Trump e Bolsonaro, ambos rodeados pela família que também ocupa cargos políticos – de repente lembrei-me de Itália e o termo família fez-me secar a boca.
Temo pelos brasileiros todos, sem dinheiro ou com ele, mas que votaram e se manifestam contra Bolsonaro. O homem até já faz ameaças de morte! Temo pela América Latina, pela justiça e pelos injustiçados. Temo pelo regresso ao passado.
Sou pela limpidez dos procedimentos e contra a corrupção, defendo a justiça e os direitos humanos, sou pelo direito à diferença e por uma sociedade menos desigual.
Sou contra a corrupção, repito, mas isso nunca me levaria votar Bolsonaro, NUNCA.
«5as de Leitura» abre com encontro com Alice Vieira
A nova temporada do projecto municipal de promoção e incentivo à leitura «5as de Leitura», abre dia 20 de setembro, pelas 21h30, com a escritora Alice Vieira e a sua editora Cecília Andrade.
Alice Vieira nasceu em 1943, em Lisboa. É licenciada em Filologia Germânica pela Faculdade de Letras de Lisboa.
Iniciou a sua carreira de jornalista aos 18 anos, no Diário de Lisboa. Trabalhou em vários jornais, entre os quais o Diário de Notícias, a cuja redacção pertenceu até 1990, data em que deixou o jornalismo diário, para ficar como free-lancer, sendo durante muitos anos colaboradora do Jornal de Notícias e da revista Activa.
Actualmente está reformada do jornalismo, mas trabalha no Jornal de Mafra e, desde há 13 anos, na revista juvenil Audácia, dos missionários combonianos.
Em 1979 publicou o seu primeiro romance juvenil — Rosa, Minha Irmã Rosa — que nesse ano ganhou o “Prémio de Literatura do Ano Internacional da Criança”.
Desde então tem publicado regularmente romances juvenis, poesia, teatro, recolhas de histórias tradicionais, livros infantis.
Recebeu o prémio Calouste Gulbenkian em 1983 pelo seu livro “ Este Rei Que Eu Escolhi”; o Grande Prémio Gulbenkian pelo conjunto da obra (1984); o Prix Octogone pela edição francesa de “Os Olhos de Ana Marta”(2000); a “Estrela de Prata do Prémio Peter Pan” pela edição sueca de “Flor de Mel”, e foi várias vezes distinguida com o Prémio Corvo Branco, atribuído pela Biblioteca Internacional da Juventude de Munique.
Fez parte da equipa de escritores dos programas de televisão “Rua Sésamo”, “Jornalinho”, “Hora Viva”, “Arco-Íris”, etc.
Nos últimos anos dedicou-se à literatura para adultos, com três volumes de crónicas (Bica Escaldada, Pezinhos de Coentrada e O Que Se Leva Desta Vida), o romance histórico “Os Profetas”, uma biografia da escritora inglesa Enid Blyton, o livro autobiográfico “Histórias da Avó Alice”, três livros de poemas — Dois Corpos Tombando na Água (Prémio Maria Amália Vaz de Carvalho), O Que Dói às Aves, e Os Armários da Noite — e o livro “Tejo”, juntamente com o fotógrafo brasileiro Neni Glock. Participou ainda, com mais seis autores, em romances coletivos como “Novos Mistérios de Sintra”, “O Código de Avintes”, “Eça Agora”, “13 Gotas ao Deitar” e, mais recentemente, “A Misteriosa Mulher da Ópera”.
Orienta regularmente oficinas de escrita criativa.
Desloca-se quase diariamente a escolas e bibliotecas de todo o país – e também de países onde os seus livros estão traduzidos (Espanha, França, Alemanha, Holanda, Itália, Suécia, Sérvia, etc.).
Participou com o maestro Eurico Carrapatoso no conto musical A Arca do Tesouro (interpretada pela Orquestra Metropolitana de Lisboa); e o compositor Sérgio Azevedo musicou a Charada da Bicharada, recentemente editada em CD.
É membro da direcção da Sociedade Portuguesa de Autores.
(texto elaborado pela biblioteca municipal da figueira da foz)
dessa força da natureza que é alice vieira e da sua presença nas 5as de leitura, aqui fica o registo possível